sexta-feira, 18 de setembro de 2015

o Inicio da Festa do Divino Espirito Santo

Festa do Divino Espírito Santo


 Festa do Divino Espírito Santo é um culto ao Espírito Santo, em suas diversas manifestações, é uma das mais antigas e difundidas práticas do catolicismo popular.


Origem portuguesa

A origem remonta às celebrações religiosas realizadas em Portugal a partir do século XIV, nas quais a terceira pessoa da Santíssima Trindade era festejada com banquetes coletivos designados de Bodo aos Pobres com distribuição de comida e esmolas. Tradição que ainda se cumpre em algumas regiões de Portugal.

Assunto muito abordado pelo professor Agostinho da Silva. Há referências históricas que indicam que foi inicialmente instituída, em 1321, pelo convento franciscano de Alenquer sob proteção da Rainha Santa Isabel de Portugal e Aragão.A celebração do Divino Espírito Santo no planeta teve origem na promessa da rainha, D. Isabel de Aragão, por volta de 1320. A Rainha teria prometido ao Divino Espírito Santo peregrinar o mundo com uma cópia da coroa e uma pomba no alto da coroa, que é o símbolo do Divino Espírito Santo, arrecadando donativos em benefício da população pobre, caso o esposo, o rei. Dinis, fizesse as pazes com seu filho legítimo, D. Afonso, herdeiro do trono. De acordo com os documentos, D. Isabel não se conformava com o confronto entre pai e filho legítimo em vista da herança pelo trono, pois era desejo do rei que a coroa portuguesa passasse, após sua morte, para seu filho bastardo,Afonso Sanches. Diante do conflito, a rainha Isabel passou a suplicar ao Divino Espírito Santo pela paz entre seu esposo e seu filho. A interferência da rainha teria evitado um conflito armado, denominado A Peleja de Alvalade.Essas celebrações aconteciam cinquenta dias após a Páscoa, comemorando o dia de Pentecostes, quando o Espírito Santo desceu do céu sobre a Virgem Maria e os apóstolos de Cristo sob a forma de línguas como de fogo, segundo conta o Novo Testamento. Desde seus primórdios, os festejos do Divino, realizados na época das primeiras colheitas no calendário agrícola do hemisfério norte, são marcados pela esperança na chegada de uma nova era para o mundo dos homens, com igualdade, prosperidade e abundância para todos.A devoção ao Divino encontrou um solo fértil para florescer nos territórios portugueses, especialmente no arquipélago dos Açores. De lá, espalhou-se para outras áreas colonizadas por açorianos, como a Nova Inglaterra, nos Estados Unidos da América, e diversas partes do Brasil.BrasilÉ provável que o costume de festejar o Espírito Santo tenha chegado ao Brasil já nas primeiras décadas do século XIV . A colonização foi feita com Dom Pedro onde a festa chegou mais ganhou força no século XIV,
Poções
A festa é organizada com base no dia de Pentecostes, sendo realizada nos meses de maio ou junho, quando normalmente durante a noite atinge-se sua temperatura aproximada entre 17° graus e 15° graus ou até mais, revendo a danificação dos fiéis que resistem à uma baixa temperatura para afirmar sua fé. A festa do Divino Espírito Santo em Porções, na região sudoeste da Bahia, é a mais movimentada e comovente expressão cultural da cidade. A manifestação religiosa tornou-se símbolo do município e tem como titular o Divino Espírito Santo. O Senhor Homero onde ele prepara dois carros com crianças representando os “anjos” de pentecostes. Na Chegada das Bandeiras, na sexta-feira que antecede o domingo de pentecostes, ocorre a cavalgada dedicada ao Divino Espírito Santo. Nesta cidade, em especial na chegada das bandeiras, observa-se esta característica de forma ativa e muito praticada pelos fiéis. Dentre as ações empreendidas que deixam transparecer esta afetividade, encontram-se: segurar os pombos e soltá-los no momento em que a cavalgada, segurar e beijar a bandeira do Divino, cantar a canção composta por Ivan Lins intitulada “A bandeira do Divino”, soltar fogos, acompanhar a cavalgada, aguardar a benção clerical que ocorre quando os cavaleiros chegam à matriz e entregam a bandeira, levar os familiares para assistir a comemoração; realizar as preces diante das bandeiras, colocar crianças nos cavalos para serem fotografadas (compondo uma recordação da festa do ano retratado), dentre outras.O festejo religioso cristão é organizado em um novenário com missas na igreja matriz, no ginásio de esportes e no último dia no estádio de futebol do município. A festa profana acontece paralela à cristã, antes ou após as missas, entre dez e cinco dias. 
lugar pela própria população.
A Festa
Através, sobretudo, do método etnográfico são analisados, neste subtítulo, os registros feitos nos dias de festa. A festa é organizada com base no dia de Pentecostes, sendo realizada nos meses de maio ou junho, quando normalmente durante a noite atinge-se uma temperatura aproximada entre 17° e 15° graus ou até menos, revelando a devoção dos fiéis que resistem à baixa temperatura para afirmar sua fé.
A respeito do Monsenhor Honorato, dados foram levantados pela pesquisadora Mércia Moraes em sua mo(...)
Uma peculiaridade que existe nesta festa, assim como se encontram em tantas outras, é o fato de haver a reunião de distintas classes sociais no evento. Atualmente, não há registros de separação entre os grupos em todas as fases da festa, pois no novenário que ocorre na igreja matriz, no ginásio de esportes e no estádio de futebol não há bancos separando famílias ou hierarquias de quaisquer naturezas. No entanto, há os amigos e os colegas dos políticos ou funcionários bem remunerados do município que reservam, ao seu lado, assentos aos admiradores. Entretanto, no período em que monsenhor Honorato era pároco, de 1937 até 1942 e depois de 1947 até 1985/1986 era nítida tal distinção.7
Na atualidade, no momento do ofertório pessoas de diversas camadas se disponibilizam para ajudar na cerimônia das missas, tanto quanto, na organização de todo o novenário. Todavia, no dia da chegada das bandeiras, em frente à igreja matriz ficam os políticos da cidade e aliados de outros locais, acompanhados do pároco, religiosos da Arquidiocese de Vitória da Conquista e convidados; todos na espera do estandarte que é carregado pelo memorialista Sr. Homero Ferreira da Silva junto à cavalaria. Neste instante, pode-se observar o privilégio da determinada camada social ao obter visão privilegiada ao assistir a chegada das bandeiras.
A Chegada das Bandeiras, considerada o momento ápice dos festejos religiosos, inicia-se às 5h em média com a alvorada na Praça Monsenhor Honorato, organizada pelo memorialista Sr. Homero Ferreira da Silva junto aos seus familiares e amigos, finalizando por volta das 12h, em frente à matriz do Divino. Anteriormente, no lugar da Chegada das Bandeiras, devido à carestia da comunidade, a igreja confeccionou duas bandeiras do divino, que percorriam a zona rural e a urbana, a fim de arrecadar fundos para a realização da festa. Após meses de peregrinação a bandeira era deixada em uma fazenda nas proximidades de Poçõesinho, sendo entregue à cavalaria e aos membros da sociedade, como acontece nos dias atuais.
Um grande número de bandeiras é depositado na igreja devido ao pagamento de promessas feitas ao Divino. Devotos às entregam na matriz ou ao Senhor Homero e depois são levadas para Poçõesinho, onde acontece o início da chegada das bandeiras.
A cavalgada na atualidade acompanha a seguinte ordem: dois carros, com carroceria devidamente enfeitada com flores e tecidos coloridos, levando crianças vestidas de anjos com túnicas de cores brancas, amarelas e azuis, utilizando acessórios como coroa de flores artificiais na cabeça (as meninas), e os meninos, sobre as túnicas, faixas transversais e segurando bandeiras com figuras de pombas bordadas. Em seguida, doze Cavaleiros e amazonas vestem uma capa branca, bordadas com lantejoulas douradas e uma pomba (representando o Divino), sendo que entre eles, há o Senhor Homero Ferreira da Silva que carrega o estandarte de veludo marrom, diferente dos demais, pois a maioria das bandeiras possui as cores vermelhas ou brancas. À diante alguns Cavaleiros e amazonas acompanham com uma capa vermelha (em torno de trinta e oito pessoas) e depois centenas de fiéis, seguem sem capas, sobre os cavalos com bandeiras representando o Divino, além de carroceiros, motociclistas, ciclistas e etc. Além destes há uma cavalaria de policiais ou soldados do exército, acompanhando os doze cavaleiros da frente.
Por volta do final da segunda metade do século XX iniciou-se a prática de colocar estes anjos à frente da cavalgada, pois antes disto, não havia este acompanhamento.
Com o passar do tempo, a cavalaria segue, não com o significado religioso (para alguns), mas em ritmo de brincadeira, ou seja, acompanham apenas por ser tradição, utilizando acessórios irônicos e entoando músicas profanas a fim de divertir-se com o momento tradicional da cidade, sendo que não são todos que participam e aderem a esse comportamento. Um exemplo era a turma do Jegue (a turma de desfez na segunda metade da década de 2000), na qual as pessoas montavam em cima dos jegues e acompanhavam a cavalgada. Estes não seguiam com o intuito religioso, entretanto, também eram abençoados pelo clero.
A Chegada das Bandeiras sai às 10h de Poçõesinho (bairro localizado ao sul do município), percorrendo toda a Rua de Vitória da Conquista, sempre com o estouro fogos de artifícios e entoação de músicas do Divino, sobretudo a canção composta por Ivan Lins e Vitor Martins:
Os devotos sobem algumas ruas largas da cidade, passam pela praça principal e seguem rumo à matriz. As pessoas saúdam a cavalgada a todo tempo e manifestam a sua fé de diversas formas.
Na imagem acima oito meninas vestidas de “anjas” posam com as mãos unidas, dramatizando uma prece, na escadaria da igreja matriz, tendo ao fundo os fiéis e as bandeiras em vermelho e branco. Todavia, as interpretações simbólicas dos objetos constituídos para a festa são alvo de múltiplas visões, a depender da posição de cada sujeito que observa ou participa do festejo.
Os representantes da igreja, responsáveis pela celebração, embora se comovam e participem ativamente, assim como os intelectuais não se envolvem incisivamente como os devotos, supondo-se que toda a simbologia popular presente nas representações do Divino seria manifestada e criada, na maioria das vezes, pelos fiéis leigos e posteriormente assumidas pela igreja em sua liturgia.
Na contemporaneidade, todos os anos da festa têm sido dedicados, além do padroeiro, aos temas que são lançados na campanha da fraternidade. Além disto, promovem em alguns anos, em um dia do novenário, o que chamam de culto ecumênico, ou seja, convidam pastores de algumas igrejas evangélicas e junto aos padres realizam uma celebração da palavra. Na Paróquia agrega-se a presença da fraternidade dos missionários orantes da Sagrada Face9 e das Irmãs Medianeiras da paz10. Estas entidades reforçam o sentido religioso na sociedade, por serem participativas nas festividades e proporcionarem ajuda mútua na organização do evento.
De caráter religioso e profano a festa também proporciona shows com artistas locais, regionais e até mesmo em âmbito nacional. Tendo a sua origem com a organização dos festejos pela Paróquia, a fim de arrecadar fundos para as próprias despesas da parte religiosa e recepcionar os convidados, assim iniciaram-se as festas do Largo. Comparativamente, ressalta-se que o intercâmbio entre o religioso e profano nas festas do Divino no Rio de Janeiro no período de 1830 a 1900, pois:
30Em um determinado pavilhão organizado pela Comissão da festa realizavam-se leilões com os donativos arrecadados pela bandeira ao som da “Filarmônica Primavera” composta por cidadãos poçoenses, permanecendo durante muito tempo sob a regência do Maestro Bernardo Fagundes, conhecido na cidade como seu “Nadinho” Fagundes.
A prefeitura, em parceria com patrocinadores públicos ou privados, promove os shows durante os novenários, sempre depois, ou antes, da missa. Em alguns anos, principalmente nestes últimos tempos, foram reduzidos os dias da festa do Largo, que em média duravam de dez a cinco dias. O espaço onde ocorrem estas festividades é uma quadra de esporte sem cobertura, construída em 1998 pelo prefeito Antônio Edvaldo Macedo Mascarenhas (conhecido na cidade como “Tonhe Gordo”), sendo que antes deste ano o espaço não possuía o formato de hoje. As barracas anteriores a esta data possuíam a estrutura de madeira com o revestimento de palhas de coqueiros; depois da inauguração, barracas padronizadas as substituíram e bandas renomadas nacionalmente passaram a ser contratadas. Sobretudo nas décadas de 1970 e 1980 havia pavilhões, onde predominava certa desigualdade entre as classes onde algumas barracas reproduziam sons mecânicos e pessoas, normalmente da classe baixa, as frequentavam. Sendo que em outras barracas, onde pessoas das classes médias e altas da cidade ficavam artistas da terra tocavam e promoviam leilões.
Em 1998, com a inauguração da quadra, verifica-se a centralização dos shows no palco, todavia, ressalta-se que a concentração em torno de um palco já vinha ocorrendo antes mesmo deste ano. Com isto, as pessoas das diversas classes se misturam e desfrutam do mesmo som, no entanto por questões de conforto ainda existe certo distanciamento inter-classes, pois normalmente os grupos com menor poder aquisitivo ficam em frente do palco para visualizar o artista com precisão e a parte elitizada da cidade (classe média e alta) permanece localizada nos fundos, ou nas barracas de comes e bebes, ainda hoje chamados de pavilhões. As pessoas que frequentam a festa do Largo são compostas por turistas de cidades vizinhas, moradores da cidade e poçoenses oriundos de outros municípios. Sobre o processo de integração das pessoas que são da terra e daquelas que mesmo morando em outro local retornam para ver a manifestação com as quais se identifica. Isso ocorre:
Na noite do sábado (um dia antes de Pentecostes), em uma praça onde fica o crucifixo antigo representando a os fiéis e o memorialista Homero Ferreira da Silva vão buscar o mastro, que consiste em uma tora de madeira com decoração branca, vermelha e flores naturais. Esse costume:
As pessoas carregam-no e fazem os seus pedidos ao som de músicas religiosas, ocorrendo naturalmente um revezamento para que todos tenham a oportunidade de pegar na tora e fazer os seus pedidos. No decorrer da festa passam em frente ao fórum da cidade, ao lado da prefeitura, da câmara dos vereadores, da praça principal da cidade até chegar à Igrejinha do Divino onde o mastro é devidamente colocado e só retirado na festa do próximo ano, podendo ser a mesma tora, mas, com adornos diferentes.
De acordo com os devotos, os seus pedidos se realizam e nos anos seguintes eles retornam ao cortejo ou então confeccionam uma bandeira e levam à igreja Matriz como demonstração de gratidão.
A igrejinha é um dos grandes símbolos que há na cidade e remete-se à festa. A população da cidade tem apego a esta edificação do século XIX e estabeleceu de forma indireta um respeito a todos que passam por ela. Tanto os foliões, quanto os visitantes ao longo das festividades não promovem atos de vandalismo no espaço e nem de orgias. Deixando clara uma concepção de lugar sagrado e ao mesmo tempo auxiliando na salvaguarda patrimonial edificada, assim: “A preservação dos monumentos antigos é antes de tudo uma mentalidade” (CHOAY, 2001, p.149).
decorrer dos anos alguns padres na paróquia do Divino, entre eles o padre Estevam Santos Silva Filho têm manifesto incômodo com os gastos realizados na festa do Largo e em alguns momentos, até mesmo em público, pronunciado a sua irritação com relação à administração realizada junto ao fundo monetário investido nos festejos. Na festa de Pentecostes no estádio de futebol da cidade, em junho de 2006, ele disse a todos no momento da homilia:
Diante do pronunciamento muitas pessoas ficaram agitadas e começaram a questionar sua realidade em razão do que o padre havia dito. A administração da cidade estava investindo em festas caras e o sentido religioso estava sendo mantido pela inúmera quantidade de cristãos católicos em um momento em que o desemprego afetava o local e os problemas não eram resolvidos contratando grandes atrações, e de acordo com o pároco o sentido religioso estava se perdendo no “pão e circo” governamental.
Por outro lado, os que discordaram deste posicionamento do vigário vaiaram sua fala, deixaram o local, elevaram sua voz sobre o absurdo que para eles estava sendo dito enquanto outros foram reclamar ao prefeito. Esta autoridade estava acompanhada da primeira dama na missa.
Após a fala do padre Estevam, o bispo da Arquidiocese de Vitória da Conquista Dom Geraldo Lírio Rocha expôs o seu posicionamento frente ao que foi dito:
Frente ao posicionamento de Dom Geraldo, percebe-se um olhar sobre a festa no sentido patrimonial de ênfase ao religioso como se a festa profana não possuísse um significado para as pessoas da cidade. A preocupação social com relação à promoção de uma vida digna, sobretudo aos jovens do município, é algo claro nas duas falas, inclusive deixa explícito que bonito e familiar é estar nos eventos da igreja com todos reunidos e não curtindo a “carnavalesca” festa que organizam após as festividades religiosas.
Desde outrora, sobretudo quando o Pe. Benedito Costa Soares (pároco em Poções de 1985 a 1986)12 esteve na cidade, há denúncias do quantitativo de gastos que são realizados ao festejo de largo, mas, sobretudo, o Pe. Benedito defendia que o teor religioso sim deveria ser mantido e somente tal, não podendo constar, portanto, as chamadas “festas de rua”. No entanto, a maioria das pessoas não aceitaram o seu posicionamento. Tempos depois, Padre Estevam dos S. Silva Filho (2000 a 2011), que inclusive admirava muito o Pe. Benedito Soares retorna o discurso de protesto e indignação proferindo-o em diversas ocasiões.
Corrobora-se neste trabalho a ideia de que frente aos desafios da conservação dos monumentos e sobre a perspectiva que deve existir em preservar:
Não há uma estatística efetiva sobre o exposto. Estes dados foram devidamente analisados pelas auto(...)
Frente à análise do papel da festa para a cidade, neste século XXI, observa-se que o teor patrimonial, ou seja, visibilidade da festa enquanto um legado cultural se faz presente às pessoas da cidade, de maneira particular aos adultos e idosos. No entanto, aos turistas, adolescentes e crianças, o teor folia chama mais as suas atenções, tendo em vista o evento enquanto o momento mais divertido da cidade durante todo o ano. Atraindo, portanto, pessoas que não a conhecem e trazendo os conterrâneos a revê-la nesta temporalidade anual13.
Sendo a festividade religiosa remota, cativante e promotora do despertar de tantos sentimentos na população, sobretudo na expectativa da chegada do evento, nota-se que a sociedade se emociona bastante com o novenário, principalmente com a chegada das bandeiras. No entanto, a ansiedade em ver as atrações que movem a festa do Largo atualmente é o maior estimulante para a população local e visitantes à cidade. Mesmo com as marcas da contemporaneidade e as mudanças naturais que ocorrem em todas as manifestações culturais, observa-se a ênfase popular no atrativo profano que o festejo do Divino adquiriu neste século: a Chegada das bandeiras e festa do Largo. Isso revela a plasticidade das identidades que se conformam às permanências e ruptura de memórias locais.
A festividade incomoda muitas igrejas evangélicas da cidade, principalmente as que estão presentes no centro da cidade. Nos dias das festas os setores evangélicos proporcionam retiros espirituais aos seus membros, viagens turísticas, entre outras atividades. Algumas acabam promovendo alguns cultos esporádicos, no entanto, não nos dias da festa do Largo, pois o barulho dos shows interfere na pregação.
Nos festejos do Largo se fazem presentes barraquinhas de cachorro quente (os poçoenses os adoram, tanto crianças, quanto jovens, adultos e idosos, dizendo que este lanche já é “a cara da festa”), barracas com uvas e “maçãs do amor”, os chamados “capetas” (que são barracas onde se vendem bebidas alcoólicas, inclusive aos jovens que as consomem), barracas premiadas (onde a pessoa mira em um objeto ou doce e caso consiga acertar o alvo ganha o que derrubou, ou às vezes, uma premiação maior como um urso de pelúcia, por exemplo), as famosas grandes bolas (consistem em bolas de plástico resistentes, as quais algumas crianças da cidade comparam ao do personagem Kiko, do seriado Chaves), além do estimado parque de diversão, que todos os anos chegam à cidade. Esta infraestrutura fica montada entre duas e três semanas e o parque, normalmente apenas em uma semana.
Em alguns anos, ocorrem às chamadas Mostras Culturais que reúnem fotografias da cidade e da população no coreto (um dos grandes símbolos materiais da cidade e que está situado na Praça do Jardim dos Pássaros, ao lado da igrejinha).
Com relação às técnicas museográficas, a exposição é inacessível aos diversos públicos, uma vez que não existem etiquetas com nome da obra, fotógrafo e data, ou quando existem são insuficientes ou incompletas. Além disto, as obras ficam bem próximas umas das outras, apesar de haver lonas ou outros meios de cobertura nas extremidades do coreto, dificulta-se a fruição e a acessibilidade. As obras também recebem luz solar direta, danificando-as, além de não serem empreendidos cuidados de conservação e segurança do bem cultural. O público que vê as fotografias as observa rapidamente, mas alguns, especialmente os adultos e idosos, ficam muito tempo vendo as imagens e apresentam aos filhos e netos como era em sua época a cidade ou a pessoa retratada. São verificados, em diversos momentos, choros e outros indícios nostálgicos, quando se deparam com as imagens de outrora.
Segue-se uma narrativa imagética repleta de significados “sem legendas” agregando “complexidade aos esforços de interpretação de universos sociais cada vez mais densos e complexos, onde imagens por sua vez tornam-se cada vez mais um elemento da própria sociabilidade” (ACHUTTI, 1997, p. 38-39).
A iniciativa de guardar as fotografias da cidade antiga e expô-las na festa do Divino é admirável, entretanto o material está sob a guarda de poucos indivíduos e com pouco espaço para armazená-las, precisando assim, na cidade, de uma política preservacionista para salvaguardar o legado cultural imagético que na região existe, entendendo-o como um bem público, aplicando a este uma metodologia iconográfica e iconológica, pois: “Os objetos da Cultura remetem às tradições identificadas pelo grupo com suas marcas distintivas, específicas e identitárias” (NASCIMENTO, 2009, p.20).
No último dia da festa, domingo de Pentecostes, os festejos religiosos ocorrem no estádio municipal que normalmente se enche de pessoas seguindo com a missa campal, sendo que às 05h00min há uma alvorada de fogos de artifício representando o barulho dos trovões que houve no dia de pentecostes. Depois segue a procissão, tendo muitos fiéis de roupa branca e descalços para pagar promessas, outros, levam bandeiras que a comissão organizadora da festa distribui e assim prosseguem seguindo os andores. No final, devolvem as bandeiras, fazem os últimos pedidos e entregam flores encerrando as festividades religiosas na Igreja Matriz. Durante toda a festividade padres de outros municípios são convidados à celebrar missas, bem como bispos. Em seguida, a festa do Largo dá o prosseguimento encerrando a noite, normalmente, com a última banda por volta das 04h30min da manhã.

Bahia

A Profissão que constroem Profissões

 Professor ou docente é uma pessoa que ensina ciência, arte, técnica ou outros conhecimentos. Para o exercício dessa profissão, requer-se qualificações acadêmicas e pedagógicas, para que consiga transmitir/ensinar a matéria de estudo da melhor forma possível ao aluno.
Resultado de imagem para os professoresÉ uma das profissões mais importantes, tendo em vista que as demais, na sua maioria, dependem dela. Já Platão, na sua obra A República, alertava para a importância do papel do professor na formação do cidadão.
 O Dia Mundial dos Professores celebra-se a 5 de Outubro. No Brasil, o Dia do Professor é dez dias depois, em 15 de Outubro.

No Brasil, professor é o profissional que ministra aulas ou cursos em todos os níveis educacionais, a saber: Educação infantilEnsino fundamentalEnsino médio e Ensino superior, além da Educação profissional. Em 15 de outubro comemora-se o Dia do Professor. Brasil

Portugal

Em Portugal, o estatuto de docente é definido pelo Ministério da Educação, responsável pela política geral de educação. Por todo o País, existem vários sindicatos de professores, sendo que a maior federação sindical docente do país é a Federação Nacional dos Professores (FENPROF).

Na carreira académica (universitária), a progressão é Professor Auxiliar, Professor Associado e Professor Catedrático.

Estados Unidos

Nos Estados Unidos, o termo Professor é reservado apenas a indivíduos que ministram aulas em instituições de ensino superior (college ou university). Professores do ensino fundamental ou médio são denominados 'Teachers'. Além do ensino propriamente dito, Professors nas universidades estadunidenses dedicam-se principalmente a atividades de pesquisa, incluindo a orientação de alunos de pós-graduação.
Resultado de imagem para os professoresEm geral, o grau acadêmico de doutor (Ph.D. ou equivalente) é exigido para ingresso na carreira de professor nas universidades estadunidenses no nível inicial de Professor Assistente (Assistant Professor). Após alguns anos, um Professor Assistente pode ser promovido a Professor Associado (Associate Professor) e, posteriormente, a Professor Pleno (Full Professor, ou simplesmente Professor). Um pequeno número de professores plenos que se destacam pelas suas atividades de pesquisa são nomeados Distinguished Professors (ou Endowed Professors), quer isto dizer que passam a deter uma cátedra pessoal (personal chair) designada por um nome específico (normalmente o nome do patrocinador, pessoa física ou jurídica, que financiou/financia a cátedra).
Professores plenos (e, na maioria das vezes, professores associados) possuem a garantia de tenure, isto é, proteção contra demissão sumária. Esta prerrogativa, semelhante àquela a que têm direito os juízes federais nos Estados Unidos, tem por objetivo garantir a liberdade acadêmica, protegendo professores seniores de pressões de natureza política e/ou ideológica.

Reino Unido

No Reino Unido, o uso do título Professor é ainda mais restrito do que nos Estados Unidos, sendo reservado apenas a docentes seniores em universidades. O nível inicial da carreira acadêmica em universidades britânicas, aberto normalmente a indivíduos que já detenham o grau de doutor, é designado Lecturer. Seguem-se os níveis de Senior Lecturer, Reader e, finalmente, Professor, este último atingido apenas por um número muito pequeno de indivíduos que normalmente são chefes de departamentos acadêmicos ou detêm uma cátedra pessoal. Grosso modo, Lecturers no sistema britânico seriam equivalentes a Assistant Professors no sistema estadunidense, enquanto o título de Reader seria equivalente a Associate Professor ou Professor nos Estados Unidos. O título de Professor propriamente dito no Reino Unido seria por sua vez comparável a um Distinguished Professor ou University/Institute Professor nos Estados Unidos.
Como nos Estados Unidos, professores do ensino fundamental e médio no Reino Unido são denominados teachers, nuncaprofessors.

Outros países europeus

Em vários países da Europa, por exemplo, França e Alemanha, o título de professor é também reservado, nas universidades, apenas a docentes seniores. Ao contrário do que acontece nos países de língua inglesa porém, a promoção ao nível de Professor requer que, além do grau acadêmico de doutor, o candidato passe também pelo processo de Habilitação (semelhante à antiga Livre-docência no Brasil), que normalmente exige a submissão de uma segunda tese(monográfica ou cumulativa) e uma aula pública ministrada perante uma banca de especialistas. Em geral, são necessários vários anos de experiência profissional ou acadêmica após a conclusão do doutoramento para que um indivíduo se qualifique a obter uma Habilitação.
Membros do corpo docente de uma universidade que possuem o grau de doutor, mas não passaram ainda pela Habilitação, são normalmente designados Maître des Conférences ("mestre de conferências") na França, ewissenschaftichler Assistent ("assistente científico") ou akademischer Rat ("conselheiro acadêmico") na Alemanha, não usando portanto a designação de "professores". Alguns estados alemães introduziram entretanto recentemente a posição de Juniorprofessor, equivalente ao Assistant Professor nos Estados Unidos, e prescindindo da necessidade de Habilitação.
Deve-se registrar também que, apesar do uso restrito do termo "professor" nas universidades europeias, um indivíduo que ministra aulas no ensino fundamental e médio na França (enseignant) é também dito profésseur des écoles (em oposição a um profésseur des universités). Na Alemanha, por motivos históricos, permite-se a alguns poucos docentes seniores do ensino médio com tenure que usem o título de professor. Em geral, porém, um professor secundário na Alemanha é denominado Lehrer, não Professor.